Comprar matéria-prima, produzir, armazenar e vender são algumas das principais atividades realizadas dentro de uma cadeia de suprimentos. No entanto, se analisadas apenas como integrantes de um caminho unilateral, não dão conta de explicar a complexidade do processo. Para ir além, portanto, é necessário abordar o conceito de cadeia de valor, pois é ele que abrange os aspectos que proporcionam vantagem competitiva a um produto.
Mas quais são esses aspectos? Trata-se daquele algo a mais, ou seja, do diferencial que um produto tem em relação ao outro e o que o torna único ou até mesmo melhor. Sejamos mais específicos: qualidade de matéria-prima, demanda, preferências dos consumidores e custos de processos são alguns dos elementos que possuem valor específico dentro de um processo e que podem proporcionar vantagem competitiva para a indústria.
Vamos explicar melhor utilizando um exemplo da indústria de alimentos: uma empresa processa carne e compra apenas animais de pequenos agricultores, priorizando matéria-prima livre de hormônios e proveniente de um bom tratamento durante a criação.
Quando recebem os animais vindos dos pequenos produtores, os técnicos dessa empresa realizam testes para verificar se há indícios dos hormônios. Além disso, uma equipe visita periodicamente as propriedades e realiza auditorias para se certificar que os padrões exigidos estão sendo seguidos.
Todo esse controle e a exigência de uma carne sem hormônios são as formas que a empresa encontrou para agregar valor ao produto por meio da qualidade da matéria-prima e da certificação da cadeia de suprimentos. Esses fatores podem ser justificados tanto como uma forma de preocupação com a saúde quanto pela qualidade dos produtos, que podem ganhar um sabor diferenciado.
A partir desse processo, a empresa pode inserir na cadeia de valor outros elementos geradores de vantagem competitiva. O processamento dessa carne, por exemplo, passa a ser diferente, assim como o armazenamento, a demanda entre os consumidores e os custos.
Dessa forma, o processo de produção e entrega desses produtos ganha outro caráter. Não é unicamente a compra de qualquer matéria-prima. É um formato que tem a preocupação em agregar valor e, assim, desenvolver produtos diferenciados e que agradem o público.
O social como impulsionador da cadeia de valor
Em meio a esse contexto, um elemento é fundamental: o social. Para que o conceito de cadeia de valor tenha, de fato, alguma efetividade para os resultados, é importante ouvir as pessoas envolvidas no processo. Isso inclui revendedores, clientes, especificadores técnicos, profissionais da área de logística e todos os indivíduos que tenham algum contato com os produtos.
O objetivo é permitir que essas pessoas interajam, sugiram mudanças, façam comentários e, de alguma forma, colaborem com o desenvolvimento dos produtos, pois o que for dito neste processo será avaliado e utilizado para promover mudanças ou atualizações no portfólio.
O que precisa ficar claro é que de nada adianta agregar valor aos produtos e não ouvir as pessoas. O que um consumidor falar sobre a carne da empresa que citamos no exemplo acima pode ser levado em consideração. Assim, de repente, algo que o fabricante considera um diferencial talvez não seja algo realmente significativo.
O mesmo vale para o revendedor. A carne processada de determinada maneira pode, de alguma forma, dificultar o armazenamento e gerar mais custos para aumentar a capacidade de refrigeração.
O fabricante só conseguirá ter esse retorno se, de fato, valorizar o social e não tratar a cadeia de valor apenas como uma relação institucional e fria. É necessário ir muito além e ficar atento aos indivíduos.
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