Alimentadas pelo cinema e pelos livros de ficção científica, as pessoas sempre mantiveram um imaginário futurista com carros que voam, robôs que possuem um comportamento muito próximo do humano e outros produtos da criatividade. No entanto, apesar de tudo isso fazer parte de uma fantasia coletiva, é uma realidade da qual não estamos tão distantes. Se no nosso dia a dia a internet das coisas está prestes a nos deixar ainda mais conectados, no mundo empresarial a indústria 4.0 vem promovendo uma verdadeira revolução nos processos, nas relações e nos hábitos de consumo.
O impacto é forte a ponto de esse movimento ter recebido o nome de Quarta Revolução Industrial. Na primeira, tivemos o advento das máquinas a vapor e do uso do carvão como combustível. Na segunda, a eletricidade foi a grande invenção, também causando uma forte transformação nos modos de produção.
Na sequência, a terceira trouxe a automação das máquinas, o uso dos computadores, a internet e um prenúncio do que estava por vir: a digitalização e o mundo virtual, que estão colocando a humanidade em outro patamar de interação e desenvolvimento. Aquelas previsões futurísticas começam, em certa medida, a fazer um pouco de sentido diante das possibilidades que dispomos.
Bom, mas diante disso, qual é o futuro que está reservado para as empresas? Não podemos dizer com exatidão, mas, com certeza, é algo bem promissor, com enorme potencial de redução de custos, aperfeiçoamento de processos produtivos, interação e outros importantes elementos.
Nos sentimos seguros para dizer também que ficar de fora dessa revolução significará prejuízo. Isso porque não estamos falando de tendências, mas de realidade, algo que está batendo na porta e entrando sem muita cerimônia. Além disso, as cifras movimentadas pela digitalização serão bilionárias, com grandes investimentos envolvidos e resultados satisfatórios.
As possibilidades da indústria 4.0
Na essência, a principal novidade que a indústria 4.0 traz para o ambiente das empresas é a conectividade. A partir da digitalização, toda a fábrica estará conectada, desde a produção até o sistema de logística e os departamentos de marketing e vendas. Máquinas conversarão com máquinas e também com peças, ferramentas e com os seres humanos. Tudo isso por meio de sistemas ciber-físicos que enviam informações de um dispositivo para o outro.
A partir dessa comunicação, interação e troca de informações, as próprias máquinas poderão, por exemplo, tomar as decisões para melhorar o processo produtivo ou até mesmo reduzir custos.
Não é mais necessário fazer uma programação. Ao chegar nas máquinas, as peças estarão carregadas de informações e dirão aos equipamentos o que é necessário para que ela se tornem um produto final, verificando se eles serão capazes de realizar os processos.
Com isso, o planejamento e o controle da produção passarão a acontecer em tempo real, com ajustes muito mais rápidos e a possibilidade de otimização. As próprias máquinas poderão decidir a hora de aumentar ou reduzir a produção e ligar ou desligar. Dessa forma, ainda será possível aumentar o uso da capacidade, racionalizar a produção e reduzir o consumo de energia elétrica.
Para o consumidor, o principal impacto dessa tecnologia é a personalização do produtos. As empresas poderão entregar algo mais customizado na mesma velocidade que, hoje, produzem em série. Isso porque, novamente, as máquinas receberão diretamente os pedidos ou as informações de comportamento do cliente e oferecerão o que ele quer.
Mas não para por aí. Os produtos também poderão ter sensores que armazenarão informações sobre consumo que serão enviados às empresas e servirão para o aperfeiçoamento constante dessas soluções.
Imagine comprar um tênis com o tamanho, as cores, a altura e o solado do que jeito que deseja. É isso que é a indústria 4.0 promete, mas em uma escala muito maior, incluindo diversos setores da economia e formas de relação, tanto B2B quanto B2C.
A indústria 4.0 e a revolução digital
Entenda melhor como essa revolução está acontecendo e como não ficar para trás diante de tanta inovação.
Modelos de negócio
Falamos aqui de uma realidade fabril e com um processo de manufatura que será transformado, adaptando-se a outra realidade. Mas a indústria 4.0 ainda vai além e também permite a criação de novos modelos de negócio baseados no digital e suas potencialidades.
Esses novos modelos de negócio se integram à indústria das mais diferentes maneiras, formatando um novo modelo de relação. Isso porque essas tecnologias já permitem uma lógica muito mais colaborativa e participativa, criando uma forte sinergia e potencializando a capacidade de transformação do mercado.
Um exemplo são as redes sociais, que conectam milhões ou até bilhões de pessoas de todo o mundo a partir de computadores, tablets ou smartphones. Disso podem surgir modelos de negócio que farão todo o sentido dentro do movimento da indústria 4.0 e da Quarta Revolução Industrial.
A computação na nuvem e o Big Data
Em meio a essa revolução, esses dois elementos podem ganhar ainda mais relevância. Para fazer os objetos de uma fábrica se comunicarem, a empresa pode utilizar aplicações e dispositivos baseados em computação na nuvem, que permite a virtualização dos dados e a disponibilidade em tempo real.
Com o Big Data, as empresas conseguem aproveitar todo o volume de informações gerado no processo e extrair insights, como padrões de produção, melhorias nos produtos, aperfeiçoamento das máquinas e redução de custos. É assim, por exemplo, que o fabricante coleta os dados de consumo dos clientes, processa e utiliza a informação para o desenvolvimento contínuo das soluções.
Para saber mais sobre a indústria 4.0 e os desdobramentos desse movimento no Brasil, acompanhe nosso blog. Em breve publicaremos mais textos sobre esse assunto.
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