Ter uma cadeia de suprimentos forte é bom para todos os lados. Quanto mais as empresas evoluírem, aperfeiçoarem suas práticas e tiverem processos mais robustos, melhores serão os resultados. Porém, para que isso aconteça, é necessário o envolvimento de todos os elos, principalmente das grandes indústrias e de outros negócios mais consolidados. Quem está há mais tempo no mercado deve assumir um papel de protagonismo, passando conhecimento e experiência a outros empreendedores, ajudando-os a crescer e desenvolvendo seus negócios.
Aqui não estamos falando em um sentido paternalista, mas, sim, de cooperação mesmo. Para uma grande indústria chegar onde chegou, seus gestores aprenderam muito com o tempo, erraram, começaram de novo, passaram por crises e enfrentaram muitos percalços. Ninguém começa de cima. O ponto, então, é que toda essa bagagem pode ajudar outros empreendedores a evoluírem. Eles trilharão seus próprios caminhos, é claro, no entanto, contar com a ajuda de profissionais experientes faz toda a diferença.
Dentro do contexto da cadeia de suprimentos, a cooperação pode ser revertida em melhor qualidade dos produtos ou serviços, além de garantir maior sustentabilidade ambiental, social e econômica. Isso porque é possível otimizar processos, aumentar a produtividade, promover a inovação e reduzir custos. Para isso, o diálogo, o planejamento e a execução de ações muito bem fundamentadas são essenciais para o sucesso dessas relações.
Além das questões de falta de experiência de gestão, existem, infelizmente, problemas de conduta, má-fé, desonestidade, falta de comprometimento e toda a sorte de desvios. Nesses casos, é importante também uma fiscalização constante, ou seja, um acompanhamento sério do trabalho das empresas que fazem parte da cadeia de suprimentos.
Muitas indústrias já estão fazendo isso, com auditorias e outras formas de fiscalização pelas quais encontram uma série de irregularidades ou apenas pontos de melhorias. Geralmente, as soluções encontradas passam por uma série de exigências, trabalhos de capacitação e orientação. Se nada der certo, existem as sanções. Entretanto, o ponto que queremos destacar aqui é que o caminho é justamente esse, o da conversa.
Vamos pensar no exemplo de uma indústria de carros que compra as peças de plástico de um fornecedor. A empresa responsável pela fabricação desses itens paga salários em dia, respeita a jornada de trabalho, mas não oferece as melhores condições de ergonomia. Os postos são desconfortáveis e causam lesões frequentes nos colaboradores, o que vem gerando reclamações no sindicato e até multas.
Em uma auditoria séria e comprometida, a indústria de carros conseguiria identificar a situação, analisar os postos de trabalho, conversar com os gestores e sugerir as melhorias necessárias. Além de resolver o problema, a companhia pode também estimular a capacitação dos técnicos de segurança do trabalho e gestores do fornecedor, assim como apresentar as melhores práticas.
De imediato, a fiscalização já melhora a vida dos funcionários, que trabalharão de forma mais ergonômica. Mas existem ainda outros benefícios, como o fortalecimento dos fornecedores, melhoria na produtividade e qualidade dos produtos e também um ganho de imagem.
Planejamento
Antes de fazer as auditorias, fiscalizações e capacitação, é fundamental que exista um trabalho de planejamento, que envolva o mapeamento de toda a cadeia de suprimentos, identificação de desempenho, preços e alguns outros detalhes que fazem parte dessa relação.
A partir daí, a empresa precisa deixar claro quais são suas políticas internas, suas expectativas, maneiras de trabalhar, código de conduta, enfim, todas as informações necessárias para deixar tudo muito bem alinhado.
A outra ponta da cadeia de suprimentos
Da mesma forma que é essencial contribuir para o desenvolvimento dos fornecedores, é importante também cuidar da outra ponta da cadeia de suprimentos, que são as revendedoras. Todo o trabalho anterior com o produto poderá ser perdido se ele não for bem explorado nos pontos de vendas. Então, aqui entra mais uma vez o papel da indústria em orientar e mostrar os caminhos certos.
Exemplo do que não deve ser feito são as empresas que enviam seus representantes para as lojas sem preparo algum, com uma mentalidade de que precisam cumprir metas a qualquer custo e sem planejamento. Esses profissionais tentarão impor a marca, não respeitarão os concorrentes, causarão desgastes nos funcionários dos estabelecimentos e arranharão a imagem do fabricante.
No outro extremo, como referência de conduta, podemos citar uma empresa que realiza um verdadeiro trabalho de parceria com o revendedor. O fornecedor não apenas envia uma seleção de produtos, mas disponibiliza um catálogo eletrônico e on-line com todas as outras peças do portfólio. Isso faz toda a diferença quando um cliente chega na loja, olha o que tem à disposição e ainda assim quer ver outras opções. Aí o vendedor vai recorrer ao material de apoio para apresentar outras alternativas, que poderão ser entregues em pouco tempo para o consumidor.
Mas, além de dar esse suporte, a indústria ainda pode oferecer treinamentos constantes aos vendedores, levando-os na fábrica para conhecer melhor os produtos e os processos. Assim, esses profissionais estarão muito mais capacitados para oferecer as peças, conhecendo todos os detalhes e características.
Aliado a esse trabalho, a indústria também precisa mostrar às revendas a importância de elas valorizarem os produtos, com uma boa apresentação. Expor as peças de forma estratégica já é uma ação essencial. Para isso, podem ser enviados materiais promocionais e de publicidade.
Com essas ações, toda a cadeia de suprimentos fica mais forte, as informações passam a circular melhor, enfim, todos saem ganhando. Portanto, se você ainda não investe nesse relacionamento, não perca tempo. A Catallog está à disposição para ajudá-lo nesse processo. Conte com a gente!
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