Para que esteja lendo esse texto, a não ser que ele tenha sido lhe entregue impresso, você provavelmente precisou se conectar à internet por meio de um computador, smartphone ou até mesmo um tablet. Qualquer um desses itens se caracteriza como um bem de consumo produzido e vendido para o consumidor final. Para entendermos o conceito de supply chain, ou cadeia logística de suprimentos, podemos usá-lo como exemplo.
Qualquer produto industrializado segue o caminho da exploração da matéria-prima, transformação, montagem e distribuição. Um smartphone, por exemplo, normalmente carrega peças de metal, plástico, vidro, além de componentes internos que, por sua vez, foram produzidos com processos de alta tecnologia e que necessitaram de outro grupo específico de matérias-primas.
Tudo isso passou por um processo logístico de transporte que envolve custos de entrega e distribuição. Esta ideia pode ser aplicada a, literalmente, qualquer processo empresarial. Manufaturas das mais simples às mais complexas, varejo e até o setor de serviços estão inseridos de maneira consciente e inconsciente na cadeia de suprimentos.
A subdivisão dentro de cada linha logística específica pode ser separada de maneira simplificada em clientes e fornecedores. Usando como exemplo os bens de consumo citados anteriormente, o comércio é cliente da distribuição que, por sua vez, é cliente da fábrica, que é cliente da distribuição de matéria-prima.
As empresas que fazem parte da cadeia desempenham papéis específicos ou ambas as funções. Um explorador de matéria-prima, por exemplo, é exclusivamente um fornecedor, já uma indústria processadora de aço pode ser considerada tanto cliente de um distribuidor do produto como fornecedora de toda uma nova classe de bens que, por sua vez, seguem para outros integrantes da cadeia.
Ao nos aprofundarmos nas teorias que estudam tais processos, podemos dividir em quatro categorias que incluem praticamente todos os participantes.
Produtores
Fabricantes de produtos, empresas exploradoras de matérias-primas e quem cria os produtos finais se encaixam neste estágio. Vale lembrar também que os responsáveis pelos chamados “ativos intangiveis”, os bens nos quais não se pode tocar (softwares, projetos etc.), também entram nesta categoria.
Distribuidores
São os revendedores, as empresas de logística, os representantes de uma marca. Não são responsáveis pela produção, mas conectam os produtos e matérias-primas aos produtores e comerciantes. É uma das fases mais essenciais do encadeamento.
Varejistas
Todo o comércio está incluso aqui. São as organizações que controlam de perto preferências e demanda de clientes, armazenam estoques e vendem ao público em geral. As informações geradas nesta etapa são essenciais para o equilíbrio dos outros integrantes, principalmente no estágio produtivo que, sabendo da procura e das preferências de quem consome, pode ajustar da melhor maneira suas atividades.
Clientes
Empresas e consumidores finais que compram ou usam um produto. A definição é semelhante à de “cliente” da outra divisão mais simplificada, pois ele pode comprar um produto e incorporá-lo a outro ou melhorá-lo, vendendo-o em seguida e se transformando, assim, em um distribuidor.
Estas categorizações servem unicamente para o entendimento da abrangência das cadeias de suprimentos. Nenhum destes métodos de classificação é exclusivo e cada teoria ou estudo pode trazer sua perspectiva à interpretação dos processos, principalmente considerando a diversidade de personagens que fazem parte dessa rede globalizada de negócios.
Serviços
Quando se pensa em cadeia de suprimentos, o que vem à cabeça imediatamente é o caminho clássico de exploração de matéria-prima, produção, distribuição e venda ao consumidor final. É importante notar, contudo, que o segmento de serviços também faz parte da cadeia.
Quando, por exemplo, um arquiteto faz um projeto de uma construção, ele pode tanto estar inserido na cadeia como um varejista que disponibiliza ao cliente um projeto, como alguém que cede ao mercado (uma empresa de construção) um dos ativos essenciais para o trabalho: o projeto base. Nesta cadeia específica entram, inclusive, outros serviços, como o do engenheiro, dos especialistas (eletricistas, encanadores) e dos responsáveis pela construção.
Diferente das cadeias de produção ligadas diretamente à indústria, que têm como um dos aspectos mais valorizados o bom gerenciamento de matéria-prima e de custos de produção, as cadeias ligadas mais fortemente aos serviços têm um maior destaque ao gerenciamento de conhecimento e dados elementares aos processos. O que não quer dizer que conhecimento e informações não sejam essenciais também nas cadeias tradicionais.
Para encerrar
É essa variedade que compõe o Supply Chain. Ele reúne, em um só conceito, uma complexa rede de atividades capaz de fazer a economia ganhar dinamismo, as empresas evoluírem, as tecnologias serem aprimoradas e os clientes terem acesso àquilo que necessitam.
A mais básica noção de quem ou o quê faz parte da cadeia logística e em qual realidade a empresa está inserida pode ser um diferencial em qualquer mercado. E quanto mais informação for descoberta a partir dela, melhor a organização pode evoluir e reduzir custos para atingir quaisquer objetivos.
Social Supply Chain
Entenda o que significa esse conceito e sua importância para o crescimento inteligente das empresas.
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