A palavra portfólio se refere, em um âmbito generalizado, a qualquer conjunto de trabalhos, coleção de produções de um indivíduo ou organização e até, no âmbito econômico, ao grupo de títulos comerciáveis de determinada pessoa jurídica. No meio empresarial, contudo, o portfólio é utilizado principalmente para definir o grupo de produtos desenvolvidos por uma empresa.
Um dos maiores tesouros de qualquer organização, ele reúne tudo o que a empresa tem a oferecer aos seus clientes em troca da lucratividade e da fidelidade que pode propiciar. Quando você oferece um, dois ou três produtos, provavelmente nem pensa em gerenciamento. Sabe a demanda de cada um, sabe qual deles é o mais popular, qual deles é o menos, conhece os pontos fortes e fracos e não tem dúvida quanto às características. Mas e quando a empresa oferece mais opções? Cinco, dez ou mais produtos?
Gerenciar é organizar. Mais que saber o que a empresa produz, o empreendedor precisa por em ordem os produtos disponibilizados. Levando em consideração o conhecimento gerado naturalmente pela simples inserção na cadeia de suprimentos, é preciso tomar decisões sobre estocagem, movimentação e demanda.
A utilização das informações, contudo, é cíclica. Ou seja, é preciso saber como um bem ou serviço se comporta em determinadas situações para que ajustes constantes possam ser aplicados. O primeiro passo é o entendimento das particularidades de cada um dos participantes do portfólio e o retorno trazido para a empresa por cada um deles. A partir daí, é possível categorizá-lo para diminuir as perdas e trazer melhor retribuição.
Na década de 1970, o empresário americano Bruce Doolin Henderson, CEO e fundador do Boston Consulting Group (BCG), uma empresa de consultoria, desenvolveu um gráfico conhecido como Matriz BCG. Até hoje, mais de quarenta anos depois, é considerado uma das melhores maneiras de entender e desenvolver de maneira inteligente qualquer portfólio de produtos ou serviços.
A Matriz divide tudo o que a empresa oferece em quatro categorias e as organiza em dois eixos: um vertical, que corresponde à taxa de crescimento de mercado; e um horizontal, equivalente à participação no mercado. Os dois extremos desta representação são indicados pela estrela da empresa, que se destaca em ambos os eixos, crescendo de maneira constante em períodos específicos; e o chamado abacaxi (também conhecido como o “cão” ou o “vira-lata”) da empresa, posicionado no lugar menos privilegiado, onde não gera lucro e não cresce em demanda.
Existem ainda os outros dois tipos: As vacas leiteiras, que são os produtos mais antigos, com boa participação no mercado, mas um potencial de crescimento menor por se tratarem de uma escolha segura. São o porto seguro, o destino da maioria das estrelas algum tempo depois que o crescimento da demanda de mercado fica estagnado. A interrogação representa um produto inovador, que possui uma alta taxa de crescimento, mas ainda tem um futuro incerto pelo valor de mercado com baixo crescimento. O investimento nesse tipo de produto deve ser em pesquisas e melhorias. Tem como único objetivo fazer com que ele evolua em lucratividade, ou seja, passe a ser uma estrela e não um abacaxi.
Ninguém pode prever o futuro. Por isso, o indicado é utilizar as categorizações e ferramentas de gerenciamento para tirar o melhor possível de tudo o que é oferecido na empresa. Se depois de um tempo de análise, de tentativas de melhoria e desenvolvimento e da exploração ao máximo das características positivas o abacaxi do catálogo continuar na mesma posição, o ideal é excluir o produto ou encerrar o serviço, pois ele não está fazendo bem aos negócios.
O acompanhamento do portfólio deve ser constante e, para utilizar os conhecimentos da melhor maneira possível, é essencial analisar cada componente separadamente e, a partir daí, analisar a sua rotatividade dentro da matriz. Quanto melhor o investimento nessa área, mais as organizações podem ter um retorno em redução de custos, aumento de vendas e lucratividade e desenvolvimento para a empresa. Tudo sem esquecer que qualquer conhecimento gerado pode ser útil e fazer a diferença.
Para que essa classificação seja possível e funcione, as informações desses produtos precisam estar devidamente organizadas. Pensando nisso, preparamos um infográfico que apresenta as etapas que você deve seguir para montar um portfólio eficiente.
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Além de organizar as informações e classificar o produto, é necessário entender que o catálogo também tem uma função na comunicação com o público-alvo. É uma ferramenta que pode ser encaixada dentro das estratégias do marketing de conteúdo. Quer entender melhor o assunto? Confira o e-book que preparamos.
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