Vender o que a sua empresa produz já pode se configurar, em alguma medida, um esforço de marketing. Este é um trabalho que exige o uso de adjetivos, a exposição das características técnicas, explicações de como o produto pode resolver as dores do cliente e por que ele se diferencia do que já existe. Por isso mesmo há uma lógica entre portfólio de produtos e marketing.
Ao projetar um novo lançamento, a equipe responsável precisa considerar a relevância que ele vai ter no mercado. E vale lembrar ainda que colocar à disposição algo novo nem sempre diz respeito a suprir uma necessidade, mas a criar uma necessidade.
Por exemplo, quem disse que alguém precisa de refrigerante, de um acessório da moda, de uma TV gigante e cheia de recursos ou de um aparelho de inteligência artificial em casa? Esses são apenas alguns exemplos de itens que não compõem as necessidades humanas mais imediatas, mas ainda assim se tornaram indispensáveis no dia a dia de muitas pessoas.
Essa regra, porém, não vale apenas para o varejo ou para indústrias específicas. Mesmo a indústria de alimentos, por razões óbvias tida como essencial, tem em seu portfólio produtos congelados, processados e outros itens que não necessariamente seriam essenciais.
Criar essa necessidade no público-alvo, portanto, é parte do trabalho de desenvolvimento de produtos, de apresentação do portfólio e, sem dúvidas, também de marketing. Mas vamos aprofundar a discussão para entender ainda melhor essa relação. Siga com a gente!
O que portfólio de produtos e marketing têm a ver
Portfólio de produtos e marketing são dois elementos relacionados porque um depende do outro para alavancar as vendas da empresa. Um bom portfólio reúne boas condições para que a equipe de marketing trabalhe na promoção dele.
Contudo, mesmo que a oferta não seja indispensável, é o marketing que tem o poder de agregar valor ao produto oferecido. Isso acontece muito, no caso de empresas B2B, com prestação de serviços. Há algumas soluções que auxiliam no fortalecimento da marca, no bem-estar dos colaboradores ou na valorização dos ativos intangíveis.
É preciso lembrar, porém, que dizer que algum item não é indispensável não quer dizer que ele é inútil. Muito ao contrário! Posicionar bem a empresa em determinadas pautas ― como causas ambientais, de qualidade de trabalho, de qualidade de produção ou mesmo de valorização da marca ― podem não representar investimentos vitais, mas criam diferenciais que são muito relevantes.
A questão é que é o marketing que precisa deixar isso claro. É ele que vai preparar o seu público-alvo para o discurso comercial e apresentação do portfólio. Com diversas estratégias, é possível deixar claro de que forma exatamente os seus produtos vão se comportar no sentido de agregar valor ao dia a dia de determinado cliente.
Sendo assim, ao apresentar ao seu público-alvo o que você tem a oferecer, alguns requisitos são básicos:
- Organize as informações de modo que o detalhamento técnico fique claro e o cliente reconheça facilmente que é aquilo que ele precisa;
- Procure um meio de coletar os dados das pessoas que têm acesso às informações do portfólio do seu negócio;
- Facilite o encaminhamento à venda para que, em caso de interesse, ele não tenha muito tempo para reconsiderar a decisão.
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Marketing não é apenas para não não-essencial
É indispensável dizer ainda que, embora estejamos dando exemplos dos chamados produtos não essenciais, não é apenas neste quesito que o marketing atua para fortalecimento de um portfólio de produtos. Vamos imaginar, por exemplo, uma fabricante de produtos para hidráulica. Peças desse tipo são essenciais em qualquer área da construção civil.
Entretanto, por que o cliente escolheria a Fabricante A e não a Fabricante B? Dizer que tem ISO de qualidade ou que os produtos são fabricados com a melhor matéria-prima e a partir dos mais rigorosos processos de produção é um bom começo, mas não é exatamente este argumento que vai convencer o seu público-alvo, até porque essas práticas já são muito comuns em todas as empresas.
Neste caso, é o marketing que vai desenvolver ações que:
- Criem um relacionamento com seu público-alvo;
- Posicionem a sua empresa como autoridade no que faz;
- Gerem confiança dos seus potenciais clientes em relação à sua marca;
- Agreguem valor ao seu produto ou serviço;
- Fortaleçam a cultura organizacional como ferramenta de qualidade;
- Intensifiquem as qualidades do seu portfólio para que ele se destaque no mercado.
Ou seja, para quem tem dúvida sobre por que portfólio de produtos e marketing precisam andar lado a lado, já apresentamos algumas ideias. Mas, afinal, é qualquer marketing que funciona? Vamos falar sobre isso agora!
Qual tipo de marketing utilizar
O melhor marketing é aquele que está mais alinhado com a estratégia do seu negócio. Contudo, há de se levar em consideração que um marketing preocupado em ser útil para o seu cliente está muito mais conectado com uma estratégia de quem quer valorizar o próprio portfólio.
As mídias tradicionais até podem oferecer grande alcance na sua mensagem, mas há modalidades capazes de reter contatos e criar relacionamentos, permitindo uma apresentação detalhada das linhas de produtos disponíveis. Esse tipo de apresentação pode levar diretamente ao seu catálogo e, de lá, à venda. Aliás, o próprio catálogo, se for inteligente, já pode ser uma ferramenta de marketing.
Portanto, investir em uma iniciativa que alie portfólio de produtos e marketing, junto aos esforços comerciais e contemplando todos os elos da cadeia de suprimentos é o melhor caminho.
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